Olha a Cobra!
Os acidentes com cobras no Brasil são causados, em sua grande maioria, por serpentes conhecidas como jararaca, jararacuçu, caiçaca, urutu e cotiara (gênero Bothrops); seguidos dos acidentes por cascavéis (gênero Crotalus), surucucus (gênero Lachesis) e pelas corais verdadeiras (gênero Micrurus).
Ultimamente, ouvimos com mais frequência relatos de escaladores sobre cobras encontradas em trilhas e bases de escaladas. Não se pode dizer se isso se deve mais ao aumento do número de praticantes ou devido ao acúmulo de lixo nas montanhas, que atrai roedores e, consequentemente, cobras.
Caso ocorra algum acidente com estes animais, seguem algumas dicas do Instituto Vital Brazil e do Butantan.
O que fazer:
1 – Lave o local com água e sabão, já que a picada provoca um ferimento que pode infeccionar.
2 – Mantenha o acidentado em repouso. Caso a picada seja na perna ou no braço, mantenha as extremidades levantadas.
3- Leve o acidentado imediatamente para o centro de saúde mais próximo.
O que não fazer:
1 – Não amarrar ou fazer torniquete. O garrote impede a circulação do sangue, piorando a situação, e não impede a absorção do veneno.
2 – Não fazer cortes nem chupar o local da picada, já que estes procedimentos, somados aos efeitos do veneno, podem produzir hemorragias e infecções.
O soro anti-ofídico não se toma por via oral, e sim através de uma injeção na veia. Ele deve ser tomado com acompanhamento médico e em condições hospitalares, pois pode produzir graves reações alérgicas. O veneno de algumas cobras exigem soros específicos. O soro polivalente serve apenas para algumas espécies.
O prazo de validade do soro é de três anos, a partir da data de fabricação. É importante sempre verificar, na ampola ou na embalagem, a data de fabricação e a validade. Além disso, devem ser observadas possíveis alterações, como turvação e formação de depósito no fundo da ampola. Apesar de terem prazo de validade, já foi demonstrado que os soros permanecem ativos durante muitos anos se forem acondicionados corretamente, evitando a exposição ao calor ou ao congelamento. O soro deve ser guardado na geladeira e não no congelador.
O tratamento com soro deve ser iniciado o mais rápido possível, de preferência nas primeiras quatro horas depois de ocorrido o acidente. Quanto antes o tratamento for iniciado, com o soro específico e na dose correta, maiores serão as chances de cura do paciente. Entretanto, havendo sintomas de envenenamento o tratamento deve ser feito, seja qual for o tempo transcorrido desde o acidente.
O Brasil conta com uma ampla rede de hospitais e postos de saúde que oferecem tratamento gratuito aos acidentados por animais peçonhentos. Estes locais possuem os diversos tipos de soros antipeçonhentos e pessoal qualificado para tratar os acidentados.
Fizemos uma tabela dos lugares no Rio de Janeiro onde encontrar o soro anti-ofídico e quem o aplique. Você pode recortá-la e plastificá-la, levando sempre nas suas escaladas e caminhadas. Cada Estado, através das secretarias estaduais de Saúde, recebe os soros do Ministério da Saúde e os distribui para uma rede de pólos de atendimento.
Pólos de Atendimentos em acidentes por animais peçonhentos no Rio:
RIO DE JANEIRO: Hosp. Mun. Lourenço Jorge – Av. Airton Sena, 200 – Barra – Tel: (21) 2431-5878 e 3325-1818.
Hosp. Est. Pedro II – Rua do Prado, s/n – Santa Cruz Tel: (21)3395-1202 e 395-0123.
Inst. Estadual de Infectologia São Sebastião – R. Carlos Seidl, 395 – Caju – Tel: (21) 2580-7382, 2580-0868, 2580-7432 e 2580-0268.
NITERÓI – Hosp. Univ. Antônio Pedro – R. Marquês do Paraná, 303 – Centro – Tel: (21) 2620-2828 e 2620-5111.
PETRÓPOLIS – Hosp. Mun. de Petrópolis – Rua Paulino Afonso, 455 – Binguen – Tel: (24) 2237-4062.
NOVA FRIBURGO – Hosp. Dr. Raul Sertã – Rua General Ozório, 324 – Centro – Tel: (24) 2523-9000.
TERESÓPOLIS – Hosp. de Clínicas – Av. Delfim Moreira, 2212 – Tel: (21) 2742-4152.
ITATIAIA – Hosp. Mun. Manoel Martins de Barros – Av. Dois – Jardim Itatiaia – Tel: (24) 3352-1599.
Cintia Daflon
Fonte: www.prossiga.br/vitalbrazil e www.butantan.gov.br