Graduação de Vias

Quando falamos de uma escalada, usamos expressões do tipo “fácil”, “moderada” ou “difícil”, porém esta definição é um tanto imprecisa. Por exemplo, como classificaríamos uma escalada que não é nem moderada, nem difícil? Para alcançar maior precisão cada escalada passou a receber um grau, que é dado por comparação com outras vias. Assim foram criados vários sistemas. Os mais conhecidos são o francês e o americano.

 O nosso sistema é constituído por três partes, ou seja, para classificarmos uma escalada usamos três codificações, como por exemplo: 3° IIIsup A1.

 O que significa cada parte?

 A primeira é o grau geral da via. É o grau que está presente na maior parte da escalada e leva em conta também o tamanho da via, a distância entre os grampos e outros fatores. Vai do 1° grau (fácil) até o 10° grau (extremamente difícil). Quando surgir uma via mais difícil que o extremamente difícil será acrescentado mais um grau na escala. No exemplo temos uma via de terceiro grau.

 A segunda parte define o grau do lance mais difícil da escalada. Pode aparecer também a abreviação ‘sup’ (de superior) ou uma letra. Até o sexto grau é utilizado um ‘sup’ para definir que este lance tem uma dificuldade superior ao grau citado porém ainda inferior ao seguinte. A partir do sétimo, para aumentar a precisão, são utilizadas as letras minúsculas ‘a’, ‘b’ e ‘c’. No exemplo a escalada é de terceiro grau com lance de terceiro sup.

 A terceira parte expressa a dificuldade de passagens artificiais da via, se existirem. Varia de A0 até A5 e leva em consideração as proteções, o tipo de rocha, a inclinação da parede e, principalmente, o potencial de queda.

 Alguns exemplos:

  •  Paredão Cabritos. 2° II (escalada de segundo grau constante).
  • Paredão Alfredo Maciel. 6° VIIc (escalada de sexto grau e lance de sete ‘c’).
  • Paredão Gemini Azul. 3° IIIsup A1 (escalada de terceiro grau com lance de terceiro ‘sup’ e artificial A1).