Currículo Mínimo
Currículo Mínimo proposto para Cursos de Escalada, pela Federação de Montanhismo do Rio de Janeiro
I) Considerações gerais:
Deverá ser fornecida aos alunos uma apostila ilustrativa sobre os itens abordados no Curso.
II) Itens Abordados:
1. Introdução ao Montanhismo.
Abordar diversos aspectos ligados ao montanhismo, tais como:
a. Breve história do montanhismo, no mundo e no Brasil.
b. Todo esporte da natureza implica em riscos inerentes.
c. Condicionamento físico adequado.
d. Aspectos éticos na prática do montanhismo.
e. Preservação do meio ambiente. Cuidados com a fauna e a flora. O problema do lixo e detritos.
f. Conservação de vias de escaladas e trilhas de acesso. O problema dos atalhos.
g. O problema específico de bater ou retirar grampos em vias de escalada.
h. As responsabilidades do guia e do participante em geral.
2. Materiais e Equipamentos: Descrever a utilização, os cuidados necessários para a manutenção e os critérios de aposentadoria
(retirada de uso, seguida de inutilização) dos equipamentos utilizados, conforme lista abaixo:
– Mochila de ataque (diversos tipos);
– Baudriers (loop ou pontas);
– solteiras (fita ou corda);
– Mosquetões (simples, rosca, etc.);
– Capacete;
– Calçados adequados;
– Costura (fita), expressa ou anelar;
– Aparelhos de asseguramento e rapel (oito, plaqueta e Gri-Gri);
– Anorak;
– Lanterna (de cabeça);
– Cantis (vários tipos);
– Cordas e cordeletes.
3. Técnicas de Escalada – Explicar os seguintes conceitos:
a. Cordada. Os papéis do guia e do participante.
b. Vias de escalada. Progressão livre ou artificial (só citada); Proteção fixa (grampos ou chapeletas) ou móvel (só citada) e graduação.
c. Segurança para o guia.
d. Parada ou reunião. Equalização.
e. Fator de queda, o que é, e como reduzi-lo.
f. Rapel. Cuidados com a vegetação rupícula, a atenção ao risco de estar desencordado e Backup.
g. Tipos específicos de escalada livre, tais como: agarras, aderências, fissuras, oposições, chaminés, etc..
h. A importância vital da concentração e da qualidade da comunicação dos membros de uma cordada.
4. Cordas e Nós: Frisar utilidades, características e cuidados.
a. Cordas: características técnicas: diâmetros (simples e duplas), alongamentos (frisando a utilização restrita de uma corda de escalada e explicando as cordas estáticas (rígidas), resistência e ruptura, resistência à abrasão e força de choque. Manutenção e inspeção.
b. Nós: Indicar a correta utilização dos nós a seguir:
– Azelha (simples e dupla);
– Oito duplo;
– Nó de fita;
– UIAA (nó dinâmico);
– Fiel;
– Boca de lobo;
– Pescador duplo;
– Prussik;
5. Advertências e prevenções sobre acidentes.
III) Parte Prática:
Será ministrada em campos escola ou via de escaladas adequadas e se constituirá de práticas de:
1. Escalada com “top-rope” (corda de cima);
2. Escalada com parada;
3. Rapel positivo e diagonal;
4. Segurança para o guia da base e da parada;
5. Quedas – Guia (posicionamento do participante em relação à queda do guia); – Participante (posicionamentos, pêndulos como se portar);
6. Ascensão e travamento de corda utilizando prussik.
Obs.: Ao final de um curso, cada aluno deve ter realizado não menos que vinte horas de prática e, pelo menos, quatrocentos metros (cumulativo) de escaladas.
IV) Avaliação:
Ficará a critério da Instituição (Centro, Escola ou Clube), sendo recomendável que seja sempre realizada, não importando a forma (prova, relatório das atividades desenvolvidas pelo aluno, opinião do instrutor, etc.) e registrada. Tais informações serão trocadas, quando solicitadas, entre as instituições interessadas.